segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
O suicida
As pessoas tem o costume de dizer que os suicidas são covardes. Mas acho que há muita coragem em tirar a própria vida. Covarde é aquele que vive a merda por não ter mais o que fazer. Viver a merda pela merda, sem fim, nem compromisso, nem prazer, nem sequer um pingo de amor, nem que seja o amor próprio. Essa noite, depois de fracassar mais uma vez e, pela primeira vez em alguns meses, sóbrio, de cabeça fria, decidi que vou ser mais do que qualquer covarde que vive a merda. Eu acho que minha vida vale mais do que a merda. E eu juro, acredito em reencarnação, e acho que meu espirito PRECISA de um corpo novo. Um corpo bom. Como meu espirito é. Eu queria deixar claro que vivi, amei, sofri, sorri e chorei. A chuva no meu rosto, confundindo as lágrimas com as gotas, tudo isso fez sentido quando eu percebi que meu tempo aqui acabou. Amanhã tudo vai estar bem e o mundo vai ser mais feliz. Eu vou sentir tua falta. Tomara que você sinta a minha, pelo menos vou saber que ainda existia um pingo de amor.
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
sábado, 19 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Deus e o Jardim do Éden
hoje vi a coisa mais linda da minha vida
e quero escrever um poema
pra eternizar o que vi
e que eu lembre eternamente.
era quase loira, belíssima
e vestia um vestido amarelo
transparente
era magra, parecia uma modelo
uma modelo gostosa
bem gostosa
e linda
vestia um sutien preto
e descia a rua
como se vestir roupas transparente
fosse algo normal
ela tinha glamour
ela era linda e sabia disso
e, graças a Deus, queria mostrar isso
a calcinha
de oncinha
e
meu caralho
que coisa
maravilhosa...
e quero escrever um poema
pra eternizar o que vi
e que eu lembre eternamente.
era quase loira, belíssima
e vestia um vestido amarelo
transparente
era magra, parecia uma modelo
uma modelo gostosa
bem gostosa
e linda
vestia um sutien preto
e descia a rua
como se vestir roupas transparente
fosse algo normal
ela tinha glamour
ela era linda e sabia disso
e, graças a Deus, queria mostrar isso
a calcinha
de oncinha
e
meu caralho
que coisa
maravilhosa...
Escrever é complicado
escrever é complicado
não basta ter vontade
ou decidir que
"nunca mais vou escrever"
escrever é complicado
é vomitar as mágoas
e as vitórias
e as derrotas
escrever é complicado
não passa de um vício
que vem do nada
e vai embora do nada
escrever é complicado
a gente nunca sabe quando tem que escrever
até que a vontade vem
e os dedos começam a coçar
e a mente trabalha diferente
escrever é complicado
é que nem ejaculação precoce
a gente não espera
é rápido
do jeito que vem
vai
não basta ter vontade
ou decidir que
"nunca mais vou escrever"
escrever é complicado
é vomitar as mágoas
e as vitórias
e as derrotas
escrever é complicado
não passa de um vício
que vem do nada
e vai embora do nada
escrever é complicado
a gente nunca sabe quando tem que escrever
até que a vontade vem
e os dedos começam a coçar
e a mente trabalha diferente
escrever é complicado
é que nem ejaculação precoce
a gente não espera
é rápido
do jeito que vem
vai
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
O casamento do bêbado
Eu estava completamente bêbado
E as luzes brilhavam e a música fodia meus tímpanos.
Ela apareceu, pequena.
Pequena e bela.
"Quero me casar com essa mulher"
Eu pensei.
E ela olhou para mim.
E eu olhei para ela.
E ela dançava e olhava e parava de olhar.
Talvez ela quisesse casar comigo,
Ou dançar comigo,
Ou beber alguma coisa, eu pagava, qualquer coisa.
Ela era pequena, bem pequena
E seu cabelo cacheado,
Realmente cacheado,
Maravilhosamente cacheado,
Quase batia na bunda.
O nariz fino e belíssimo.
Eu tenho esse negócio
Com narizes.
Amo um belo nariz.
E ela tinha o mais belo.
Eu precisava que minhas filhas tivessem aquele nariz.
E pensei "caralho, preciso mijar"
Decidi que mijaria, depois voltaria falar com ela
E pediria ela em casamento
Ali na pista teríamos uma belíssima família
De crianças com narizes delicados
E cabelos pretos cacheados
E nos amaríamos para todo o sempre.
Fui mijar, quando voltei,
Ela tinha sumido.
Eu revirei o lugar
De cabo a rabo.
E não achei ninguém,
Até que pensei
"Aliás, como ela era mesmo?
Que merda, tô tão bêbado que não lembro como era..."
E as luzes brilhavam e a música fodia meus tímpanos.
Ela apareceu, pequena.
Pequena e bela.
"Quero me casar com essa mulher"
Eu pensei.
E ela olhou para mim.
E eu olhei para ela.
E ela dançava e olhava e parava de olhar.
Talvez ela quisesse casar comigo,
Ou dançar comigo,
Ou beber alguma coisa, eu pagava, qualquer coisa.
Ela era pequena, bem pequena
E seu cabelo cacheado,
Realmente cacheado,
Maravilhosamente cacheado,
Quase batia na bunda.
O nariz fino e belíssimo.
Eu tenho esse negócio
Com narizes.
Amo um belo nariz.
E ela tinha o mais belo.
Eu precisava que minhas filhas tivessem aquele nariz.
E pensei "caralho, preciso mijar"
Decidi que mijaria, depois voltaria falar com ela
E pediria ela em casamento
Ali na pista teríamos uma belíssima família
De crianças com narizes delicados
E cabelos pretos cacheados
E nos amaríamos para todo o sempre.
Fui mijar, quando voltei,
Ela tinha sumido.
Eu revirei o lugar
De cabo a rabo.
E não achei ninguém,
Até que pensei
"Aliás, como ela era mesmo?
Que merda, tô tão bêbado que não lembro como era..."
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
Um brinde
era a noite mais feliz das ultimas noites.
eu estava sorrindo
sozinho.
mais sozinho que nunca.
perdido
numa porra dum mundo
errado.
mas feliz.
eu finalmente estava feliz.
feliz,
com a dor da solidão,
mas feliz.
e acho que é isso que importa.
a merda da felicidade.
não o sexo,
ou o prazer.
à felicidade,
acima de tudo.
eu estava sorrindo
sozinho.
mais sozinho que nunca.
perdido
numa porra dum mundo
errado.
mas feliz.
eu finalmente estava feliz.
feliz,
com a dor da solidão,
mas feliz.
e acho que é isso que importa.
a merda da felicidade.
não o sexo,
ou o prazer.
à felicidade,
acima de tudo.
A mais linda
Ela era linda.
A mais linda de todas.
Eu dizia que era somente... linda.
Mas era a mais linda.
Queria menosprezá-la,
Afim de que ela se tornasse,
De algum modo,
Acessível a mim.
E ela, a mais linda,
Cairia nas graças de tal homem.
Ou tal moleque.
Ou tal rato, ou tal covarde.
Ela era a mais linda e sabia.
No seu vestido preto
Que deixava suas pernas morenas a mostra
E no seu salto 13,
Que a deixava com mais de 1,80.
Ela era alta.
Alta e linda.
A mais linda de todas.
E ela sabia disso.
E dançava balançando os cabelos lisos
Enquanto todo o mundo olhava.
O mundo queria ela.
Eu queria ela.
A mais linda
De todas.
A mais linda de todas.
Eu dizia que era somente... linda.
Mas era a mais linda.
Queria menosprezá-la,
Afim de que ela se tornasse,
De algum modo,
Acessível a mim.
E ela, a mais linda,
Cairia nas graças de tal homem.
Ou tal moleque.
Ou tal rato, ou tal covarde.
Ela era a mais linda e sabia.
No seu vestido preto
Que deixava suas pernas morenas a mostra
E no seu salto 13,
Que a deixava com mais de 1,80.
Ela era alta.
Alta e linda.
A mais linda de todas.
E ela sabia disso.
E dançava balançando os cabelos lisos
Enquanto todo o mundo olhava.
O mundo queria ela.
Eu queria ela.
A mais linda
De todas.
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
As tartarugas
- Amanda, mostra a tartarugas pro menino! - Disse o tio do meu pai. Estávamos visitando o homem que me disse "como você cresceu!", mas que eu não fazia a mínima idéia quem era.
- Pai, acabei de sair do banho!
- Filha, ele tem dez anos... - Eu tinha dez anos, era baixo e magro, meu cabelo ia até o meio das costas, eu usava óculos e aparelho. Eu parecia uma menina.
- Tá bom...
Subi a escada sozinho e ela estava na porta do quarto dela. Era alta, grande, corpulenta, cavala. Estava enrolada numa toalha, os cabelos estavam molhados.
- Olá.
- Oi. - Respondi envergonhado.
- Tenho duas tartarugas. - Entrei no quarto, logo ao lado da porta, havia um aquário com as tartarugas pequeninas.
- Eu também.
- Que legal! Pode brincar com elas.
Sentei numa cadeira e peguei uma na mão e pus no colo, peguei a outra e deixei ela na palma da minha mão. Olhei para o lado, Amanda estava sem a toalha, completamente nua.
- Ai, desculpa! - Puxou a toalha e escondeu o corpo gostoso.
- Tudo bem, não tem problema. - Sorri docemente, pensando "imagine que eu sou uma menina, eu pareço uma menina"
Ela entrou no banheiro e voltou rapidamente, vestindo lingerie preta e a toalha na cabeça, secando o cabelo. Trancou a porta do quarto.
- Tudo bem eu deixar a porta trancada?
- Sem problemas...
- É que tem visita, tenho vergonha.
- É verdade.
E ela começou a ler um livro, seminua e deliciosa. Eu fingia que brincava com as tartarugas e ficava olhando para a bunda dela.
- THOMAS, VAMOS EMBORA? - Meu pai gritou lá de baixo.
- TÁ, TO INDO, PAI!
- Tchau, Thomas.
- Tchau, Amanda.
- Quando quiser voltar, volte. - Sorriu e me deu um beijo na bochecha, destrancou a porta.
- Pai, acabei de sair do banho!
- Filha, ele tem dez anos... - Eu tinha dez anos, era baixo e magro, meu cabelo ia até o meio das costas, eu usava óculos e aparelho. Eu parecia uma menina.
- Tá bom...
Subi a escada sozinho e ela estava na porta do quarto dela. Era alta, grande, corpulenta, cavala. Estava enrolada numa toalha, os cabelos estavam molhados.
- Olá.
- Oi. - Respondi envergonhado.
- Tenho duas tartarugas. - Entrei no quarto, logo ao lado da porta, havia um aquário com as tartarugas pequeninas.
- Eu também.
- Que legal! Pode brincar com elas.
Sentei numa cadeira e peguei uma na mão e pus no colo, peguei a outra e deixei ela na palma da minha mão. Olhei para o lado, Amanda estava sem a toalha, completamente nua.
- Ai, desculpa! - Puxou a toalha e escondeu o corpo gostoso.
- Tudo bem, não tem problema. - Sorri docemente, pensando "imagine que eu sou uma menina, eu pareço uma menina"
Ela entrou no banheiro e voltou rapidamente, vestindo lingerie preta e a toalha na cabeça, secando o cabelo. Trancou a porta do quarto.
- Tudo bem eu deixar a porta trancada?
- Sem problemas...
- É que tem visita, tenho vergonha.
- É verdade.
E ela começou a ler um livro, seminua e deliciosa. Eu fingia que brincava com as tartarugas e ficava olhando para a bunda dela.
- THOMAS, VAMOS EMBORA? - Meu pai gritou lá de baixo.
- TÁ, TO INDO, PAI!
- Tchau, Thomas.
- Tchau, Amanda.
- Quando quiser voltar, volte. - Sorriu e me deu um beijo na bochecha, destrancou a porta.
Morte
Do lado do cemitério, havia um bar.
Bar do Cemitério, se chamava.
Abria depois que o cemitério fechava,
Em respeito aos falecidos
E aos familiares dos falecidos.
É que os falecidos tinham que ficar perto de seus túmulos
Esperando que seus familiares
Os viessem visitar.
Depois do expediente,
Todo mundo para o Bar
Do Cemitério.
O Bar enchia logo de cara.
E gritaria, jogos de carta e uma sinuquinha.
Cerveja barata e doses de pinga pros gente boas.
Eu tava passando e resolvi entrar.
Sentei no bar e pedi
"Me vê uma Skol"
Era duas da manhã
E eu tava bem bêbado.
Eu só olhava para as garrafas da parede do bar,
Nunca para as pessoas.
De algum modo,
Eu sabia que estavam todos mortos.
Do meu lado, senta uma mulher.
Eu sabia que era mulher pelo cheiro.
Um perfume gostoso, de mulher.
Viro para o lado e era um vulto.
"Oi",
O vulto disse.
Com uma voz rouca
Sensual.
"Oi... Garçon, me vê um copo prá ela"
Eu respondi.
Com um pouco de medo.
"Não bebo cerveja. Carlito, me vê duas tequilas.
Na minha conta."
Ela disse.
"Porra, Morte. Você nunca me paga!"
Carlito brincou.
"Mas te deixo vivo!"
"Por conta da casa, meu amor..."
E sorriu para o vulto.
Bebemos a tequila
E de repente
Ela tinha tirado aquele
"Vulto"
Era alta, vestia uma blusa decotada preta
Os seios saltavam para fora.
De microsaia, também preta,
Esbanjava pernas deliciosas.
Era branca como a neve
E seus lábios eram vermelhos,
Naturalmente vermelhos.
"Vamos para a minha casa, Thomas?"
Mordeu os lábios.
"A vida é bela, Morte."
"E eu?"
"Você é uma delicia..."
"Eu sei!"
Ela ria gostosamente
"Hahahaha!"
Mordia os lábios
E esfregava a perna em mim.
"Mais uma, por minha conta?"
"Não estou afim."
"Ok. Garçon, me vê a conta."
Sorri para a morte,
Beijei-a no rosto
E disse:
"Até a próxima."
E sai do bar,
Chutando uma pinha
Até o meu apartamento
No centro da cidade.
Bar do Cemitério, se chamava.
Abria depois que o cemitério fechava,
Em respeito aos falecidos
E aos familiares dos falecidos.
É que os falecidos tinham que ficar perto de seus túmulos
Esperando que seus familiares
Os viessem visitar.
Depois do expediente,
Todo mundo para o Bar
Do Cemitério.
O Bar enchia logo de cara.
E gritaria, jogos de carta e uma sinuquinha.
Cerveja barata e doses de pinga pros gente boas.
Eu tava passando e resolvi entrar.
Sentei no bar e pedi
"Me vê uma Skol"
Era duas da manhã
E eu tava bem bêbado.
Eu só olhava para as garrafas da parede do bar,
Nunca para as pessoas.
De algum modo,
Eu sabia que estavam todos mortos.
Do meu lado, senta uma mulher.
Eu sabia que era mulher pelo cheiro.
Um perfume gostoso, de mulher.
Viro para o lado e era um vulto.
"Oi",
O vulto disse.
Com uma voz rouca
Sensual.
"Oi... Garçon, me vê um copo prá ela"
Eu respondi.
Com um pouco de medo.
"Não bebo cerveja. Carlito, me vê duas tequilas.
Na minha conta."
Ela disse.
"Porra, Morte. Você nunca me paga!"
Carlito brincou.
"Mas te deixo vivo!"
"Por conta da casa, meu amor..."
E sorriu para o vulto.
Bebemos a tequila
E de repente
Ela tinha tirado aquele
"Vulto"
Era alta, vestia uma blusa decotada preta
Os seios saltavam para fora.
De microsaia, também preta,
Esbanjava pernas deliciosas.
Era branca como a neve
E seus lábios eram vermelhos,
Naturalmente vermelhos.
"Vamos para a minha casa, Thomas?"
Mordeu os lábios.
"A vida é bela, Morte."
"E eu?"
"Você é uma delicia..."
"Eu sei!"
Ela ria gostosamente
"Hahahaha!"
Mordia os lábios
E esfregava a perna em mim.
"Mais uma, por minha conta?"
"Não estou afim."
"Ok. Garçon, me vê a conta."
Sorri para a morte,
Beijei-a no rosto
E disse:
"Até a próxima."
E sai do bar,
Chutando uma pinha
Até o meu apartamento
No centro da cidade.
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Vida
há tanta coisa na vida
além do amor e da dor
e da morte, sobretudo
a gente esquece que há
alegria e sorrisos e sexo
e também há bebidas
e música alta e diversão
lugares bonitos,
pessoas bonitas,
sentimentos bonitos
a vida não é a morte
a gente esquece de viver
que respira e inspira
que um coração bate
enquanto a gente anda, pra frente ou pra trás, não importa
o importante é andar enquanto
ainda temos pernas
enquanto ainda temos vida.
além do amor e da dor
e da morte, sobretudo
a gente esquece que há
alegria e sorrisos e sexo
e também há bebidas
e música alta e diversão
lugares bonitos,
pessoas bonitas,
sentimentos bonitos
a vida não é a morte
a gente esquece de viver
que respira e inspira
que um coração bate
enquanto a gente anda, pra frente ou pra trás, não importa
o importante é andar enquanto
ainda temos pernas
enquanto ainda temos vida.
Assinar:
Postagens (Atom)