sábado, 11 de junho de 2011

Viagem

Ela me amava e eu achava que não era nenhum problema ser amado por ela. Estávamos no banco de trás do carro, junto com outro cara. Alguém dirigia e a namorada do motorista ia no banco do passageiro. Minhas mãos e pés estavam congelados e acho que as mãos e os pés de todo mundo também ardiam com o frio. Era o pior inverno desde sempre, mas o céu estava limpo e o dia agradavelmente frio. Ela estava encostada no meu peito e meu braço a envolvia. Pus a mão gelada no colo dela.
- Ai, filho da puta! Que mão gelada! - Eu ri, mas não tirei a mão de lá. O motorista passou por uma lombada e minha mão foi até o seio dela. - Duvido que você coloque a mão dentro do meu sutien...
- Por que duvida?
- Porque a tua mão tá congelando e eu vou ficar puta com você. - Eu ri de novo. - É sério! Se você pôr a mão, eu vou arregaçar o teu pau e ele vai ficar do avesso, com a cabeça apontada pra você... - Eu parei de rir e achei aquilo realmente estranho, o motorista começou a gargalhar, a namorada ria discretamente e o cara do meu lado fingia que nada acontecia em volta dele. - Vai, Tho... Quer ver se você tem coragem! - Então eu pus e o seio dela estava tão gelado quanto a minha mão, ela sorriu. Os namorados conversavam entre eles e o cara do meu lado olhava de canto de olho indisdiscretamente. Eu podia ler os pensamentos dele e ele achava que a qualquer momento o seio dela ia aparecer e ele ia bater uma punheta ali mesmo enquanto assistia a gente transar no carro em movimento. Ele era doente...
Ela fechou os olhos e eu comecei a acariciar o mamilo dela. Instantâneamente o seio ficou quente e logo a minha mão também. Fiquei nisso por décadas e ninguém falava nada sobre isso. Eu olhei pro cara do meu lado e ele ficou com vergonha de mim e se escondeu olhando para a paisagem monótona.
- Chegamos, finalmente... - Disse o motorista.
Ela abriu os olhos, ainda sorrindo e, provavelmente, estupidamente molhada. Eu me arrumei dentro da calça e saímos do carro.