as vezes eu paro
numa frenagem abrupta
que me machuca o corpo
tenho receio de acelerar de novo
a adrenalina
de aumentar
a velocidade
não me seduz
mais
ficar parado
é tão
bom
sabendo que
eu nunca
vou me machucar
de novo
o tédio me aponta os atrasos
os erros
as faltas
eu preciso acelerar
senão o mundo
acaba
sem eu nem
perceber
que preguiça
por mim
dormiria
dias
e
dias
e
dias
de
sonolência
eu bocejo