deleitosamente mergulhava nos mesmos motes
escolhendo fonemas distintos que simultaneamente me traziam de volta a quem eu
verdadeiramente
sou
talvez não evolua por falta de prática
ou estou num processo evolutivo incessante
sempre mais velho
e mais barbado
defenestrar meu presente não me soa consciente
ou sábio sob qualquer
instância
mas sigo num jogo de adivinhações em que
eu não paro de ganhar
experiência
sempre me debatendo na mesma poça de lama
buscando ar onde não há
me arranho todo e eu não faço questão de sentir dor
qualquer surto é demais
fecho os olhos e não surto
porque de certa forma
o surto
não vale
o sofrimento
amarro forte as minhas viseiras
e seriamente evito olhares
e contatos
sempre resiliente
esperando
explodir às 11h de uma terça feira