um púlpito para o meu inconsciente
as palavras rugindo como santos
presas no meu corpo sem sentidos
avalio bem as letras porque não há
o que ser escrito senão letras atrás
de letras e palavras sem sentidos
um palco para a minha memória
atolada de esperança e felicidade
transbordando ceticismo e depressão
escolho bem o que dizer
porque o bem dito é inteligente
e o que vem a toa pulsa solidão
nuvens escuras atropelam meu corpo
e meus dizeres
não encontram
nada