segunda-feira, 4 de julho de 2011

Literatura

Falei de Bukowski a ela como se fosse um anjo caído. Um Deus incompreendido e fodido pela própria vida. Ela sorriu e eu senti que consegui vender bem o meu peixe. Ela me pediu para que anotasse o nome dele para que ela pudesse pesquisá-lo e lê-lo e sentir o mesmo prazer que eu sinto. Ela era sorridente e gordinha e um pouco bonita, muitíssimo engraçada e inteligente e interessante. Disse a ela que tomasse cuidado: Buk é um cafageste, fala de putaria e alcoolismo e a desgraça da vida. Ela, que não parava de sorrir, me olhou torto: Quer dizer que não posso ler putaria? Riu e mordeu os lábios. Corei as bochechas e ri também, é claro que ela devia ler Buk. Passaram-se alguns dias e ela me ligou: Thomas, o Bukowski é um gênio!