segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Amor, o Criador nos deixou
Sempre achei que meu problema fosse esse meu vazio, mas a verdade é que eu nunca o tinha vivido por completo. Sempre foi um vazio com um quê de conteúdo, logo, não era vazio porra nenhuma. Depois que acabei o namoro com uma louca, me tornei vazio por inteiro, completamente vazio. A louca me amava infinitamente enquanto eu estava apaixonado pelos melhores sexos da minha vida. O amor é foda, pode acabar com a vida de muita gente saudável. E a louca era louca e eu estava em constante perigo. O meu vazio era cheio de sexo e medo de morrer. Logo, não era vazio porra nenhuma. Mas eu sobrevivi. Vivo e batendo punheta. Sem meu melhor sexo e sem o medo de morrer. Sem nada. Sem saudades ou sentimento de culpa por jamais ter amado. Só com um vazio completo. Um vazio seco e obscuro. Sem dor. Sem medo. Sozinho e vazio, como um Deus inabalável, como uma divindade superior livre dos problemas da humanidade. Sem humanidade. Vazio.