segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Saudade

Estava deitado na cama, no escuro. A tv estava ligada, mas eu não assisto tv. Ela apareceu no meu quarto e sorriu. Sua pele branca brilhava com a luz do televisor. Oi, ela disse. Eu sorri. Sentou na borda da cama e se inclinou sobre mim para me cumprimentar. Beijou o canto da minha boca. Eu sorri. Desculpa, ficou vermelha, de novo. E me deu um selinho. Desculpa de novo, dessa vez riu. Sua franja cobria metade do seu rosto, as pontas do cabelo dela tocavam meu peito quente. Beijei-a. O beijo mais longo e caloroso que eu jamais dei. Não tão longo, nem tão caloroso quanto ela merecia. Fiz meu melhor. Lá estavamos, desarrumando a minha cama. O edredon caiu no chão, o meu pé ficou preso nos lençois. Cai no chão frio e lentamente a puxei para cima de mim. Tirei a blusa branca decotada, enquanto ela mordia meu lábio inferior e arranhava minha barriga. Os olhos semi cerrados dela me fascinavam e eu era o rei do mundo, ou do meu coração, eu era feliz. Ela parou de me beijar, me olhou e sorriu. Oi, eu disse. Estava com saudades, ela respondeu. Eu também, respondi.