terça-feira, 1 de agosto de 2017

Feche os olhos, relaxe os ombros. Você se sente cansado.

os objetivos se transvestem de coisas únicas
porque há um tsunami de individualidade
que obriga a exclusividade de um objetivo singular
um objetivo próprio

mas o que meus néscios olhos veem
são poucas pessoas fugindo do objetivo a que estamos todos
programados

um único grande objetivo
o de equilibrar com abundância
felicidade e dinheiro

e as coisas se misturam
sucesso é dinheiro
e felicidade é almejada

enquanto um intenso e inacabável debate
de certo e errado
prova que há um pouco de selvagem
em cada um de nós

felicidade e dinheiro
e uma dose de selvageria
em nome da liberdade
e da democracia

um voto ao vendido
outro ao comprador
uma esperança inteira
em ser o melhor

moralmente melhor

me preocupo com as pessoas
que não veem os objetivos
e os diluem na realidade

ora acreditando que se tornarão assim realidade
ora apagando sinais de desejo contra possíveis fracassos
ora se libertando dos fardos que a humanidade trouxe consigo nesses longos anos de evolução

vejo ironia
na obrigação humana
de perseguir um único objetivo supremo

e na minha obrigação como gente
de ter planos para que o objetivo seja consumado

o niilismo organizando o meu cérebro sem eu jamais ter lido qualquer coisa sobre o tema
com receio de lê-los por puro medo de encontrar um dogma que dita meus pensamentos
de me ler onde há vazio e me sentir assim predisposto a ser mais vazio do que agora

a vida segue
e eu colo o objetivo humano na parede
me lembrando que não importa o tamanho do rombo
que suga e me suga
eu simplesmente
preciso vencer