segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Buquê de rosas

- Nossa, que saudade! - Ela me abraçou.
- Pois é, quanto tempo? Cinco, seis meses? - Eu respondi, meio envergonhado com a nova sensação de ser um semi-desconhecido dela.
- Sei lá, tempo o suficiente prá eu ter saudade! - Ela sorriu, eu tambem - E daí, vamos fazer alguma?
- Opa, vamos sim! Se quiser chamar o pessoal... Ia curtir vê-los.
- Então, estava pensando em tomarmos um porre. Só eu e você.
- Putz - Parei para tentar explicar - É que eu parei de beber.
- Caralho! Como assim?
- Sei lá, prá melhorar a qualidade do sexo.
- Porra, mas você bêbado fode tão... melhor... Você realmente fodia quando estava bêbado. Horas intermináveis de suor e desgaste físico, infindáveis orgasmos múltiplos que me deixavam louca por água prá repor os líquidos que eu perdi.
- É que era um combustível; sem álcool até dava, mas não tão bem.
- E agora?
- Agora meu combustível é mais puro, tipo dormir, comer...
- Então tá fodendo melhor?
- Sei lá, é o que dizem.
- Então podemos foder.
- Ai, é que... Então... Também não rola... Mas podemos sair prá jantar.
- Porra, o que aconteceu com o velho Thomas?
- Haha, eu sou o velho Thomas - Senti meu rosto corando, minhas costas suando.
- Que nada, esse novo Thomas sugou o velho Thomas.
- Ah, certas mudanças vem prá melhor.
- Como assim, prá melhor? Você nem quer me comer! Eu engordei?
- Não não, claro que não. Está maravilhosa como sempre! - E de fato era a mais maravilhosa que eu já tinha comido em toda a minha vida.
- Não sente saudade dos meus peitos? - Seus olhos estavam mareados de indignação.
- ... Claro... É... - Não sabia o que responder.
- Você não quer nem ao menos lamber meus peitos? - Baixou o tomara que caia mostrando os seios fartos e durinhos, pequenas rodelas claras desenhavam seus mamilos perfeitos. Os mamilos olhando para mim, eu olhando para eles.
- É que... Puta... Que merda... - Meu pau ia ficando cada vez mais duro, mesmo que eu me sentisse mal por isso.
- Tá, Thomas. Daqui cinco, seis meses a gente se vê, se você voltar a ser homem. - Levantou a blusa.
- É que...
- Bixa imprestável. O que aconteceu? Não bebe, não fode. Ah, vai tomar no meio do seu cu. - Deu as costas para mim e foi embora empinando o mais alto possível o seu rabo espetacular.
- É... Puta, que merda... - O telefone tocou - Desculpa, amor, já já estou chegando. - Entrei no carro, passei na floricultura para comprar rosas e fingi que nada daquilo tinha acontecido.